segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Para onde vai o lixo eletrônico?


Os eletrônicos de hoje são difíceis de atualizar, fáceis de quebrar e difíceis de consertar. Isso acontece porque são fabricados para terem uma vida curta e ficarem obsoletos até que virem lixo eletrônico, o que seria uma estratégia empresarial para vender novos produtos aos mesmos consumidores. Está na hora de saber a realidade por trás disso e quais consequências são trazidas para os consumidores, operários de fábrica e o próprio meio ambiente por causa da má qualidade e quantidade de lixo eletrônico. 

O vídeo abaixo é de autoria de Annie Leonard, mesma autora do vídeo que trata sobre Story of Stuff. No The Story of Eletronics (vídeo), ela mostra, da forma simples e objetiva sobre a lógica da indústria de eletrônicos e de que forma ele ciclo negativo volta para o consumidor. Para acessar o vídeo é só clicar no link abaixo. Vale a pena ver e refletir sobre nosso próprio comportamento como consumidores...


quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Sustentabilidade custa muito caro: Mito ou verdade?


Depende da perspectiva, no entanto, pode ser considerado como o mito dos mitos. Quando se trata de soluções sustentáveis, tais como investir pesado em um novo equipamento que trará uma redução nos desperdícios da produção, isso pode inicialmente trazer uma percepção de custo. Por outro lado, deve-se analisar a perspectiva dos benefícios trazidos durante toda a vida útil do referido equipamento em relação ao seu investimento.

Não tem como escapar das despesas com tecnologia limpa, porém, quase sempre o investimento é compensado pela economia que se fará no futuro. Se por um lado há redução de emissões de gases ou de matérias-primas (resíduos) no processo produtivo, protegendo o meio ambiente, por outro lado existe a diminuição de custos e despesas na produção contribuindo com a ecoeficiência empresarial.

Outro motivo que faz com que esse tema seja um mito, é que existe soluções sustentáveis que não necessitam de muito investimento e que trazem um ganho econômico e ambiental. Isso se trata também de empresas de grande porte, tais como os exemplos de negócios e soluções sustentáveis destacados a seguir:
  
Ambev: A empresa vende praticamente tudo que sobra do processo de fabricação. O bagaço de malte é transformado em ração para o gado, a levedura seca é utilizada na produção de temperos e o vidro é reciclado para dar origem a novas garrafas. Em média, a receita anual desses subprodutos é de 80 milhões de reais.

General Eletric (GE): A empresa criou uma lâmpada de 9 watts com tecnologia LED que produz a mesma luminosidade das incandescentes de 40 watts, mas com uma economia de 77% de energia elétrica e com vida útil de 25 mil horas. A ideia faz parte da linha Ecomagination que possui mais de 90 produtos verdes a qual já proporcionou um faturamento de mais de 70 bilhões de dólares com esse segmento desde 2005.
 
Whirlpool: A fabricante de eletrodomésticos passou a empregar a nanotecnologia para proteger as chapas metálicas contra a corrosão. A empresa utiliza nanopartículas de flúor-zircônico que eliminou o uso do fosfato (o resíduo contém metais pesados). Com esse novo método, a empresa obteve reduções de 10% no consumo de energia e 40% no consumo de água, gerando ganhos econômicos para a Whirlpool.

Por fim, destaca-se que um boa solução sustentável empresarial se dará por meio de um bom planejamento gerencial e financeiro, o que inclui o uso de ferramentas de gestão apropriadas e a inclusão de estudos de viabilidade econômica e ambiental dos projetos. No próximo post, será abordado o uso dessas ferramentas no análise desses projetos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Agenda Ambiental na Administração Pública


Vivemos em um país que possui inúmeras legislações ambientais e impõe sérias penalidades para agressores e potenciais agressores do meio ambiente, seja este uma pessoa física ou jurídica. Mas quanta hipocrisia seria se fosse cobrada uma postura mais sustentável da iniciativa privada e a própria administração pública, autora deste leque de legislações, não fizesse a sua parte?

Sabe-se que as demandas geradas pela atividade pública revelam ser o governo um grande usuário de  bens de consumo que, muitas vezes, geram impactos negativos, não só em seus processos de produção, mas também no momento do descarte de resíduos (geração de lixo).


Desta forma, buscando apresentar o compromisso público com a sustentabilidade, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) criou a chamada Agenda Ambiental na Administração Pública que é o o programa que cuida da inserção de critérios ambientais nas áreas de governo, visando minimizar ou eliminar os impactos ao meio ambiente, provocados por atividades administrativas ou operacionais. Considerando isso, esse post tem a finalidade precípua de apresentar os objetivos da Agenda Ambiental na Administração Pública e deixar em aberto as futuras discussões no que se refere às ações ambientais promovidas pelo Governo a fim de incentivá-las na formação de uma nova cultura institucional mais sustentável nas áreas pública e privada. Destaca-se a seguir os objetivos propostos para a Agenda Ambiental na Administração Pública:


Verifica-se que a Agenda Ambiental está preocupada também em envolver o servidor público nessa nova cultura, visto que o processo de institucionalização de práticas ambientais sustentáveis se dá principalmente pela recorrência dessas ações no âmbito da própria instituição pública. Para que isso seja possível, o servidor público é peça fundamental no processo, pois ele é o agente que executa a ação, por isso é muito importante que seja realizado um processo de conscientização e conhecimento dos impactos ambientais gerados pelas atividades e da promoção das soluções sustentáveis. Posteriormente, serão abordadas neste blog as práticas sustentáveis que contribuem neste processo de minimização ou eliminação dos impactos ao meio ambiente, provocados por atividades administrativas ou operacionais.